quinta-feira, 19 de junho de 2008

CIVILIZAÇÃO ISLÂMICA

O profeta Maomé, visto numa pintura turca da Idade Média. Os muçulmanos árabes normalmente fazem restrições à representação da figura humana, e mais ainda do profeta fundador de sua religião. Contudo, os artistas turcos, apesar de também muçulmanos, não se sujeitavam a tal restrição.

  • Inicialmente a população árabe estava dividida em cerca de 300 povoamentos rurais e urbanos (politicamente fragmentada). A religião pré-islâmica era politeísta, o principal centro religioso era Meca.
    Árabes beduínos — povos seminômades que vagavam pelos desertos. Organizados em tribos, dedicavam-se à pecuária.
    Árabes urbanos — povos sedentários que habitavam as cidades situadas principalmente no litoral. Dedicavam-se, sobretudo às atividades comerciais, sendo responsáveis pelas caravanas de camelos que transportavam produtos do Oriente para as regiões do mar Mediterrâneo. Os diversos povos da Arábia não formavam um Estado com unidade política, mas tinham elementos culturais comuns, como o idioma árabe e certas crenças religiosas. Além disso, eram politeístas e adoravam cerca de 360 divindades.

  • Maomé (570-632) pertencia à tribo dos coraixitas, que tinha como missão zelar pela Caaba de Meca. O avô de Maomé, além de possuir cargo religioso importante, era um comerciante bem-sucedido. Entretanto, Maomé sofreu dificuldades econômicas em sua infância e adolescência: aos sete anos, tendo perdido os pais, passou a ser criado por um tio e, muito cedo, teve que começar a trabalhar como pastor de carneiros. Menciona-se que Maomé, em sua juventude, teria feito viagens à Síria e, talvez aí, tenha estabelecido seus primeiros contatos com o cristianismo e com o judaísmo.
    Aos 25 anos de idade Maomé casou-se com Khadija, uma rica viúva que o incumbiu de dirigir seus negócios comerciais. Com esse casamento Maomé deixou a vida de pobreza, subindo na escala social. Mas, apesar da riqueza, Maomé sentia-se interiormente insatisfeito e, por isso, dedicava-se à meditação.

  • Iniciando suas pregações religiosas, Maomé entrou em conflito com os sacerdotes de Meca, que eram politeístas e estavam interessados em manter a cidade de Meca como centro religioso e comercial dos árabes. Devido a esse conflito, Maomé foi obrigado a deixar a cidade, em 622, e a fugir para Yathrib, posteriormente denominada Medina, a cidade do profeta. Essa data denomina-se Hégira e marca o início do calendário muçulmano.

  • Aos poucos, Maomé estruturou sua religião e organizou um exército de seguidores, que, em 630, conquistou Meca. A Caaba foi transformada num centro de orações, e Maomé proibiu todos os cultos idólatras que antes existiam.

  • O conteúdo básico da doutrina muçulmana (também chamada islâmica ou maometana) pode ser resumido em cinco regras essenciais:
    Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta.
    Realizar cinco orações diárias.
    Ser generoso para com os pobres e dar esmolas.
    Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum).
    Ir à peregrinação a Meca pelo menos uma vez durante a vida.

  • As diversas tribos árabes uniam-se através dos laços de parentesco e de elementos culturais comuns. Maomé criou para os árabes uma nova forma de organização política e social, cujos laços de união baseavam-se na identidade religiosa e não nos laços de sangue (parentesco). Com isso, lançou as bases de um Estado muçulmano, de governo teocrático, que se estruturou com as conquistas.

  • O Estado muçulmano era governado por califas (que significa sucessor), detentores dos poderes: religioso, político e militar.
    Em 732, Carlos Martel impede o avanço árabe sobre o reino franco, na Batalha de Poitiers.


  • De qualquer forma o Islã, ao fechar o Mediterrâneo para o comércio cristão, obriga a Europa a uma economia fechada e auto-suficiente, que seria?

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